Os estudantes fizeram uma manifestação em frente à escola, pedindo para ser atendidos pela diretoria o que não aconteceu até o final do protesto, às 12h.
O boicote foi organizado pelo grêmio estudantil. Segundo o estudante Daniel, 16, os alunos da Etesp, no Bom Retiro , não são contra às avaliações periódicas. “Mas isso tem de ser acompanhado por melhorias efetivas na educação. Do jeito que está, é só uma prova sem função alguma.”
A expectativa do Estado é que, nos dois dias de prova (termina hoje), 2,5 milhões de estudantes de escolas estaduais, municipais, particulares e técnicas participem da avaliação do governo. Desses, 1,7 milhão são da rede estadual de ensino.
Segundo a Secretaria da Educação, é com base nos resultados das provas que são traçadas “políticas públicas de aprimoramento da educação oferecida aos quase cinco milhões de estudantes das escolas públicas paulistas”.
Bruno, 16, acredita que o Saresp “visa apenas a dar uma satisfação à opinião pública, descontente com os resultados pífios da educação pública paulista”.
“É um “me engana que eu gosto”. Eles fazem o Saresp ao mesmo tempo em que entregam livros didáticos que mostram o continente americano com dois Paraguais. Isso é sério?”, pergunta o estudante (refere-se ao episódio ocorrido em 2009, quando a Secretaria Estadual da Educação distribuiu livro de geografia com mapa errado da América do Sul).
A Etesp é a 116ª melhor escola do país, de acordo com o último ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), e a mais bem colocada dentre todas as estaduais paulistas. O ingresso se dá por vestibulinho.
Fonte: Folha de S. Paulo
